Pesquisadores suíços desenvolvem técnica para extrair ouro de lixo eletrônico

26 Mar 2025
Cientistas da ETH Zurique dissolveram 20 placas-mãe de computadores antigos e conseguiram extrair uma pepita de ouro de 450 miligramas.
O mundo enfrenta um desafio crescente dos resíduos eletrônicos. Em 2021, foram geradas 57,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico globalmente, segundo a União Internacional de Telecomunicações. Aparelhos, como celulares, computadores e eletrodomésticos contêm pequenas quantidades de metais preciosos como ouro, prata e paládio e estes podem ser reciclados.
Uma equipe de pesquisadores da ETH Zurique, na Suíça, desenvolveu uma nova forma de extrair metais preciosos de resíduos eletrônicos, um método sustentável que utiliza sobras de alimentos e poderia transformar a indústria, segundo reportagem do site Futurism. Esta abordagem não só evita o uso de substâncias químicas perigosas, mas também promove a reciclagem eficiente de recursos valiosos.
A técnica desenvolvida pelos pesquisadores suíços utiliza resíduos da produção de queijo como componente-chave. Eles desenvolveram uma esponja de nanofibrilas proteicas derivadas do soro de leite. Quando tratadas adequadamente, essas esponjas capturam os íons de ouro presentes nos resíduos eletrônicos, transformando-os em pepitas de alta pureza.
Além de diminuir o impacto ambiental, a técnica é biodegradável e evita o uso de produtos químicos nocivos, como o cianeto. A partir de 20 placas de circuito, pode-se obter uma pepita de ouro avaliada em cerca de R$ 170 mil. Esta técnica revoluciona a reciclagem e oferece uma solução ecológica para o crescente problema dos resíduos eletrônicos. Com o aumento anual de 3% no volume de lixo eletrônico, essa inovação pode transformar o problema em uma oportunidade econômica.
Com informações dos sites Época Negócios e Escola Educação