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Empresa planeja cavar buraco mais profundo do mundo para gerar energia renovável ilimitada

18 Mar 2022

Nos últimos anos tem se falado muito sobre energia solar, eólica e hidráulica, principalmente por ser uma alternativa que gera menor impacto no meio ambiente e maior sustentabilidade. Todas elas têm a mineração como fator fundamental para sua geração, seja nos minérios, metais e minerais necessários para sua formação, seja nos equipamentos utilizados no processo de captação e utilização. Mas, será que é possível utilizar o calor armazenado nas profundezas da Terra para fornecer uma fonte de energia renovável generalizada? 

A Quaise Energy, empresa derivada do  MIT (Massachusetts Institute of Technology) em 2020, diz que sim. Ela pretende usar o calor armazenado nas profundezas da Terra para fornecer uma fonte de energia renovável generalizada.  Para isso, a empresa pretende perfurar o buraco mais profundo do mundo. 

Camadas que devem ser perfuradas. Crédito: Divulgação MTI

Já foram arrecadados US$ 63 milhões em financiamento para impulsionar esta perfuração mais profunda da crosta terrestre. Entretanto, o desafio é grande. Até agora, os melhores esforços da humanidade em cavar fundo na Terra atingiram o máximo de cerca de 12,3 quilômetros de profundidade, o que não foi suficiente para aproveitar efetivamente o calor do planeta em uma escala massiva. 

A Quaise Energy acredita que conseguirá ultrapassar esse limite, alcançando até 20 quilômetros de profundidade, com a utilização de um gerador de feixe de energia de megawatt, também conhecido como girotron. Este dispositivo é inspirado na fusão nuclear e gera ondas eletromagnéticas na porção de ondas milimétricas do espectro que podem teoricamente queimar as rochas mais duras e quentes que dificultam a perfuração muito profunda na crosta do planeta.

Clique aqui e veja a explicação do projeto. (Vídeo em inglês) 

Nesta profundidade, o calor das rochas circundantes pode atingir temperaturas de até 500 graus Celsius. Essa quantidade de calor será capaz de transformar rapidamente qualquer água líquida bombeada para essas profundezas em um estado de vapor supercrítico (com a baixa viscosidade do gás e a alta densidade do líquido), o que é adequado para gerar eletricidade quando colocado em turbinas e geradores. Isso equivaleria a produzir e aproveitar o poder do vapor, mas amplificado consideravelmente. 

Atualmente, menos de meio por cento (sim, abaixo de 0,5%) da energia mundial é derivada de fontes geotérmicas. Isso contrasta  com as expectativas para o futuro. A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que a energia geotérmica deve crescer cerca de 13% ao ano para  atingir zero emissões líquidas até 2050, embora a taxa de crescimento atual esteja bem abaixo dessa margem. 

Com informações do site Click Gás e Petróleo

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