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AngloGold Ashanti terá primeiro veículo 100% elétrico do Brasil em operação no subsolo

07 Mar 2024

Carregadeira com zero emissão de carbono chegou neste mês de março à mina Cuiabá, uma das mais profundas em operação no Brasil, com 1.600 metros de profundidade

Com foco em uma mineração sustentável e segura, a AngloGold Ashanti inicia, neste mês de março, a operação da carregadeira 100% elétrica na Mina Cuiabá, em Sabará, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Comparado com a versão tradicional a diesel, o veículo é zero carbono, funciona a baterias, e tem sistemas com taxas mínimas de emissão de calor e ruídos, aumentando a segurança. O equipamento possui ainda o aumento potencial de 8% em sua produtividade de carregamento, em razão do ganho em velocidade e deslocamento gerado pelo torque instantâneo.

O veículo foi apresentado a equipes técnicas e à imprensa em evento realizado na última terça-feira (5/03), na Mina Cuiabá, antes de descer para o subsolo, onde iniciará a operação. A aquisição coloca a produtora de ouro na vanguarda no setor minerário, uma vez que esta é a primeira carregadeira 100% elétrica do Brasil a operar em uma mina subterrânea. A mina Cuiabá é uma das operações mais profundas do Brasil, com mais de 1.600 metros de profundidade.

“Este é mais um importante passo na estratégia de descarbonização da AngloGold Ashanti com foco em nossos pilares de sustentabilidade e inovação. Já temos implementados na mina Cuiabá o sistema autônomo de carregamento (tele-remote) e o sistema de monitoramento de pessoas no subsolo (people tracking), além da perfuração autônoma. Agora, estamos adquirindo a primeira máquina 100% elétrica para subsolo”, destaca Luis Otávio de Lima, diretor das Operações Cuiabá.

AngloGold Ashanti

Veículo zero carbono foi apresentado a equipes técnicas, antes de ser levado ao subsolo, onde iniciará a operação. Crédito: divulgação

A eletrificação da frota faz parte das ações da AngloGold Ashanti rumo à meta Net Zero, de zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. Em 2022, a empresa reduziu em 33% a emissão de dióxido de carbono (CO₂), na comparação com o ano anterior. Para chegar a este cenário, manteve 100% do consumo de energia elétrica proveniente de fonte renovável certificada, sem emissões de carbono associadas. Outros projetos de eletrificação da frota estão em andamento para o alcance das novas metas.

“A implantação de um equipamento como este proporciona ganhos que vão além dos operacionais. Os benefícios ambientais e em segurança reafirmam o compromisso da AngloGold Ashanti em promover uma mineração cada vez mais sustentável”, comenta Othon de Villefort Maia, vice-presidente de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da AngloGold Ashanti.

Benefícios da carregadeira

O equipamento possui aumento potencial de 8% em produtividade de carregamento, na comparação com o veículo a diesel. Crédito: Divulgação

A Epiroc Scooptram ST14, modelo que irá operar no subsolo da mina Cuiabá, apresenta grandes diferenciais. “A tecnologia elétrica garante uma operação mais silenciosa e eficiente, eliminando completamente as emissões de gases. Isso não só melhora a segurança e a produtividade, mas também reduz significativamente os custos operacionais. Ela é movida a baterias de íon-lítio que podem ser trocadas no próprio local para uma operação contínua pelo tempo que for necessário”, explica André Balhestero, gerente Nacional de Vendas da Epiroc.

Todos os componentes sujeitos a manutenção, tais como filtros e blocos de válvulas e pontos de lubrificação diários são de fácil acesso, o que permite intervalos mais longos entre manutenções. A redução da quantidade de partes móveis em relação a um motor a diesel também contribui para um menor custo total de manutenção.

A necessidade de sistemas de ventilação complexos é reduzida já que o motor elétrico emite menos calor em comparação ao motor a diesel, aumentando a segurança e permitindo que os operadores trabalhem com mais qualidade e, portanto, maior produtividade, além de favorecer o alcance de profundidades maiores.

Outro ponto importante é que a operação da Epiroc Scooptram ST14 significa uma redução de aproximadamente 9.120 litros de óleo diesel/mês, o que corresponde a uma queda de 500 kg de emissões de CO2 durante um turno de 6 horas e de 285 toneladas ao longo de um ano. O valor deste investimento inicial é de aproximadamente R$ 11 milhões, para um período de 18 meses de locação, e de mais R$ 2,7 milhões em infraestrutura.

Posteriormente, o projeto de eletrificação de frotas prevê a expansão para as demais carregadeiras da empresa, bem como para os caminhões de transporte de minério. Veículos leves e frota de apoio também podem estar no escopo, futuramente. O planejamento da empresa é substituir mais duas carregadeiras a diesel por equipamentos elétricos até 2025 e concluir o processo com toda a frota deste tipo de veículo, nas Operações Cuiabá, até o final de 2027.

 

“Este avanço tecnológico na mineração subterrânea demonstra um comprometimento notável com a inovação, a sustentabilidade e a eficiência, alinhando-se com as tendências globais de redução de impactos ambientais e promoção de práticas de mineração responsáveis”, completa Gustavo Rezende, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Epiroc.

*Informações da Assessoria de Comunicação da AngloGold Ashanti

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