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Biodiversidade na agenda da mineração

22 Set 2022

Os benefícios são para todos: ecossistema, economia, população

Biodiversidade na agenda da mineração

Crédito: Banco de Imagens Freepik

O termo biodiversidade, de acordo com o dicionário, é a “reunião que contempla todas e/ou quaisquer espécies de seres que existam e convivam na biosfera, em certa região ou num período de tempo”. Ou seja, ela descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos que fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.

Mas você sabe como a mineração trabalha com a biodiversidade? 

Durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2022 (EXPOSIBRAM 2022), especialistas debateram a conservação e a biodiversidade no ambiente de negócios da mineração. Controle das emissões de carbono, restauração de áreas degradadas e recuperação de nascentes são algumas das iniciativas às quais as empresas de mineração estão atentas para preservar a biodiversidade. 

A Mineração do Brasil tem um importante papel na descarbonização e na transição energética, com a produção de minerais essenciais para estes processos, como o lítio, nióbio, grafita, cobre e fosfato.  Clique aqui e saiba mais. Entretanto, o setor contribui de outras formas para a biodiversidade. 

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Ribeiro Rodrigues, “no Brasil existem 327 iniciativas de áreas de restauração natural”. Ele ainda ressalta que é extremamente importante a fixação de carbono para tentar controlar o aumento das temperaturas. “Estamos acompanhando as mudanças climáticas e precisamos de soluções urgentes para a retenção desse carbono. Nesse sentido, o Brasil pode dar grandes contribuições, tendo em vista as diversas iniciativas, no que diz respeito ao tema”, afirma.

Entre os benefícios da restauração das áreas degradadas, Rodrigues destaca a recuperação de nascentes, a infiltração da água no solo e a polinização. “Tais contribuições relacionam-se à segurança hídrica, mas também ao serviço ecossistêmico de polinização e dispersão de sementes”, afirma.

Tiago Alves, gerente de Meio Ambiente da Anglo American Brasil, reforça a preocupação da empresa com o meio ambiente e confirma a experiência de recuperação de nascentes. Em parceria com ONGs, universidades e governos, a mineradora criou um programa para restaurar as nascentes em propriedades rurais. “A nascente voltou a ter água. Isso é mudar a vida das pessoas, isso é parceria, efetuada a várias mãos”, explica.

Emprego e renda

O olhar voltado para a biodiversidade apresenta também vantagens econômicas. Segundo Rodrigues, a cadeia produtiva da restauração gera 0,42 emprego por hectare ao ano. “Temos defendido a restauração como estratégia de geração de trabalho e renda. Precisamos recuperar algo em torno de 121 milhões de hectares de florestas para gerar cerca de cinco milhões de empregos em 20 anos”, destacou.

O trabalho feito nas comunidades pela Anglo American, de acordo com Alves, além de proporcionar dignidade e renda, ajyda a criar perspectivas positivas para as pessoas. “Trabalhar com a comunidade é pilar fundamental para a geração de emprego, renda e felicidade para o pequeno agricultor”, explica.

Alves reconhece que a atividade mineral, muitas vezes, gera desconforto porque tem impacto visual forte. “A maior degradação no Brasil é feita por outros setores. A mineração é localizada e, apesar de também degradar, a recuperação é grande e com qualidade”, ressaltou.

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