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“Por uma política de minerais críticos e estratégicos para o Brasil e para o futuro”: IBRAM lança green paper

09 Maio 2024

Representante do MME diz que há consensos entre a visão do IBRAM e do ministério sobre expansão da mineração no Brasil.

Por uma política de minerais críticos e estratégicos para o Brasil e para o futuro” é o título do green paper lançado nesta 3ª feira (7/5), em Brasília, durante o “Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos”, evento internacional organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). No documento estão expostas sugestões do empresariado e de especialistas para traçar uma Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos. O objetivo é auxiliar o país a planejar estrategicamente seu desenvolvimento industrial conectado à promoção da indústria mineral, de modo a expandir as ações para a transição energética e a outros campos.

Cique aqui e acese a publicação. 

green paper sublinha que a mais imediata ameaça para o futuro da humanidade é a crise climática. Ela influencia as populações e as economias mundo afora. O documento reforça que “clima, descarbonização, energia e mineração são elementos de uma mesma equação. Logo, o enfrentamento à emergência climática passa, entre outros, pela expansão da produção e do uso de bens minerais”. Eles são utilizados para desenvolver tecnologias e equipamentos que proporcionam a substituição de energia oriunda de fontes fósseis por renováveis.

“Os desafios tecnológicos, sociais, econômicos e geopolíticos da mineração são de grande complexidade. E não considerá-los no protagonismo que o setor mineral tem rumo a um mundo de baixa emissão de carbono, seria pouco estratégico”, diz o documento. A afirmativa é corroborada por projeções da Agência Internacional de Energia. Ainda que excluídos o aço e o alumínio, as estimativas quanto à demanda de insumos minerais para a transição energética, no cenário mais favorável de descarbonização, seria de 4 a 6 vezes os níveis de 2020, respectivamente, em 2040 e 2050. Mesmo considerando uma descarbonização mais lenta, estima-se uma demanda em 2040 duas vezes maior do que em 2020.

green paper continua em aberto para receber contribuições até 15 de maio. Depois será apresentado em diversos fóruns, inclusive, encaminhado ao Congresso Nacional em 4 de junho para discussão. Ele é resultado de um trabalho conjunto do IBRAM, da Humana Serviços em Sustentabilidade e do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCTI). Sua apresentação ocorreu na nesta 3ª feira (7/5), em Brasília, durante o primeiro dia do Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos, organizado pelo IBRAM. Raul Jungmann, diretor- presidente do IBRAM e Sílvia Cristina Alves França, Diretora do CETEM, abordaram o green paper em mais detalhes no painel de lançamento.

Também participaram do painel o deputado Zé Silva, presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável; Mauro Henrique Moreira Sousa, diretor-geral na Agência Nacional de Mineração (ANM); Ricardo Capelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Breno Zaban Carneiro, diretor do Departamento de Gestão das Políticas de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME; e Valdir Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB/CPRM.

Green paper - “Por uma política de minerais críticos e estratégicos para o Brasil e para o futuro”

Green paper – “Por uma política de minerais críticos e estratégicos para o Brasil e para o futuro”

Consenso com MME – O representante do MME, Breno Carneiro, falou sobre o documento. Disse que seu conteúdo expressa conceitos e sugestões que encontram consenso com a visão do ministério sobre a expansão sustentável da produção mineral brasileira, em especial, dos minerais críticos e estratégicos. Ele considera que o green paper representa um avanço para aprofundar as discussões sobre o tema. Segundo Mauro Sousa, diretor-geral da ANM, o green paper traz pontos fundamentais para refletir e agir para incrementar o desenvolvimento da mineração brasileira.

Ricardo Capelli, da ABDI, elogiou o documento do IBRAM e concorda que o Brasil precisa ampliar sua produção de minérios, de modo a se apropriar de sua riqueza mineral e financiar seu desenvolvimento com sustentabilidade, como o fazem países mineradores como Canadá e Austrália.

Sobre o Seminário

Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Contou a presença de autoridades e especialistas de vários países e organizações, como: Agência Internacional de Energia; ICMM – Conselho Internacional de Mineração e Metais; Fórum Econômico Mundial; União Europeia; Unesco; Comissão de Transição Energética; representações diplomáticas de EUA, Canadá, Bolívia, entre outras; além de BNDES; CNI; CNA; ABDI; MME; MRE, MDIC; ANM; SGB/CPRM; CTEM; mineradoras, como Lundin Mining; CBMM; Vale; Kinross; Companhia Brasileira de Lítio; Hydro; organizações como Vale Metais Básicos Atlantico Sul; Humana; Instituto Igarapé; Ellen MacArthur Foundation; WEG; ABIQUIM; Mining Hub.

Temas em destaque no seminário:

  • Os minerais críticos e estratégicos e a transição energética no Brasil e no mundo
  • Rotas de descarbonização da mineração e da indústria no contexto da transição energética
  • Política mineral e o futuro do Brasil
  • Potencial dos minerais críticos e estratégicos nas Américas

Estes e outros temas são vitais para o futuro sustentável do planeta e da humanidade e foram debatidos nos dias 7 e 8 de maio, em Brasília (DF). O evento teve o patrocínio da Vale Metais Básicos (ouro); CBMM (Painel); Hazemag (Painel); Metso (Painel).

Clique aqui e acesse as fotos do dia 7 e do dia 8.

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