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Turismo de pedras preciosas impulsiona economia de cidade goiana

05 Jun 2025

Visitantes de Cristalina podem conhecer de perto suas riquezas minerais e até explorar as jazidas legalizadas

Foto: Reprodução.

Localizada a 280 quilômetros de Goiânia e a apenas 130 quilômetros de Brasília, a cidade de Cristalina (GO) é conhecida mundialmente por abrigar a maior reserva de cristais de rocha do mundo e tem toda a sua vida econômica relacionada a essa característica. 

Turistas de diversas partes do Brasil e também de outros países visitam a cidade para conhecer suas riquezas minerais e, até mesmo, conhecer as jazidas legalizadas. Atualmente, Cristalina tem quatro minas autorizadas a recebê-los.

Mas atenção: os passeios são realizados por meio de agendamento e limitados a grupos de até dez pessoas. Portanto, se você planeja visitar a cidade, certifique-se antes de fazer a sua reserva.

As pedras podem ser encontradas em diversos pontos comerciais da cidade para aquisição.

A abundância de pedras preciosas como safiras, topázios azuis, ametistas e turmalinas, fazem com que a cidade que já se chamou São Sebastião dos Cristais seja conhecida como a “capital mundial dos cristais”. 

Mas o destaque são os chamados “cristais lemurianos”, cujas linhas têm forma semelhantes aos códigos de barras, e que são características únicas dessa região outrora chamada de Serra dos Cristais. Essas peças despertam o interesse de colecionadores e pesquisadores de várias partes do mundo.

História

Cristalina foi fundada por bandeirantes paulistas, ainda no século 18, sobre uma das maiores jazidas de cristais do País. No entanto, o interesse na época era pelo ouro e os cristais acabaram sendo desprezados. O povoado acabou sendo esquecido por décadas, até 1879, quando os exploradores franceses Etienne Lepesqueur e Léon Laboissière retiraram amostras dos cristais do local e as enviaram para Paris, onde foram vendidas por alto valor.

A partir daí, centenas de trabalhadores migraram para Goiás e teve início o garimpo de cristais na região. As pedras passaram a ser exportadas para centros de lapidação na Europa, como Idar-Oberstein, na Alemanha, e Verona, na Itália. 

A abundância dos minerais, porém, levou à sua desvalorização e houve um período de decadência econômica na cidade. No entanto, a construção de Brasília não só incentivou o agronegócio como atraiu os turistas, trazendo novo impulso e comércio de cristais nas últimas décadas.

Fonte: Jornal Opção – Entorno Goiás (DF)

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