Museu Nacional recebe doação de minerais raros da Rússia

23 Fev 2023
O Museu Nacional, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebeu uma doação da Rússia de dois minerais raros: um exemplar de uvarovita e um de charoita.
As doações foram feitas pelo colecionador Sergey Mironov e resultam de conversas mantidas desde o ano passado entre o Museu e o cônsul da Federação Russa no Rio de Janeiro, Mikhail Gruzdev.


Minerais raros doados pela Rússia para o Museu Nacional/UFRJ.. Foto: Museu Nacional/UFRJ
O que é uvarovita
A uvarovita é uma variedade rara da granada, de cor verde, com cristais muito pequenos para serem facetados em gema, embora, em alguns casos, seja incorporada a joias. Foi descoberto em 1832 por Germain Henri Hess, que o nomeou em homenagem ao conde Sergei Semenovitch Uvarov, um estadista russo e colecionador amador de minerais.
O que é charoita
A charoita foi descoberta pela Rússia por volta dos anos 40, no rio Chara e inserida no mercado há apenas 50 anos. É encontrada somente na Sibéria, nas estepes russas. A pedra chama a atenção por ser roxa e ter, em seu interior, as cores preta, marrom, branca e lilás, um padrão gerado por inclusões de outros minerais.
Incêndio no Museu Nacional
Em setembro de 2018, houve um incêndio no Museu Nacional que teve 85% de seu acervo destruído – documentos, objetos, fósseis, múmias, mobiliário, coleções de arte e estudos científicos.
É a mais antiga instituição científica do Brasil e até o incêndio figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas.
A ideia é receber mais material da Rússia, que demonstrou sensibilidade com o momento difícil que o Museu Nacional enfrenta. A proposta é criar um cantinho da Rússia.
Futuramente, quando houver maior volume de doações, o Museu Nacional poderá organizar uma exposição sobre ações científicas russas no Novo Mundo no tempo do Império. “Mas, para isso, para ser uma coisa mais substancial, é preciso ter mais material”, disse Kellner.
A aproximação do Museu Nacional com a Rússia soma-se a contatos já estabelecidos com governos e instituições culturais e museológicas de países como Alemanha, Inglaterra, Portugal, França e Áustria.
Campanha Recompõe
Em setembro de 2021, a Direção do Museu Nacional/UFRJ e o Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive (UFRJ, UNESCO e Instituto Cultural Vale) lançaram a campanha Recompõe visando demonstrar uma abertura para que instituições de pesquisa, museus, diferentes coletividades representativas da sociedade e colecionadores de todo o mundo possam se juntar ao Museu Nacional/UFRJ para recomposição dos seus acervos.
Doações já recebidas, depoimentos de colecionadores e uma galeria com itens desejados para as futuras exposições são algumas das atrações do site. Acesse do projeto para saber mais!
Com informações da Agência Brasil
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