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DIU: método contraceptivo é feito com produtos da mineração

Cobre e prata podem evitar a gravidez? Quando utilizados da forma correta, sim. O Dispositivo Intrauterino, famoso DIU, apresenta diversos modelos disponíveis no mercado. Entretanto, existem dois modelos fabricados diretamente com produtos da mineração: o DIU de cobre e o de prata. 

O DIU de cobre é uma pequena peça de polietileno revestida por cobre, geralmente em formato de “T”, que é posicionado dentro do útero e não apresenta material tóxico ou alergênico. Sua função é inflamar o tecido que reveste o órgão e impedir as possibilidades de uma gravidez. Por não conter progesterona ou outras substâncias, o dispositivo não oferece restrições para mulheres com câncer de mama, por exemplo. Com validade média de 10 anos, as alterações bioquímicas causadas pelo material impedem que os espermatozóides fecundem os óvulos.

Já o DIU de prata foi pensado para reduzir os possíveis efeitos colaterais nas usuárias do DIU de cobre. Essa opção, que também contém o metal do modelo anterior, usa a prata para contrabalancear as reações. A combinação dos dois metais é o que faz com que o cobre não seja tão fragmentado no organismo feminino e aumenta a eficácia do aparelho. Tem um formato mais parecido com um “Y” e tamanho mais reduzido. Sua duração média é de 5 anos. 

História do DIU 

Existem referências na literatura que o dispositivo intrauterino tenha sido usado desde a antiguidade quando, segundo a história, Hipócrates , em torno do ano 400 a.C, inseria objetos no útero com a ajuda de um tubo de chumbo, muitos materiais, formas e hormônios foram idealizados e utilizados. 

Em 1962 , o Population Council, por sugestão de Alan Guttmacher, então presidente da Planned Parenthothood Federation of America (PPFA), organizou a primeira conferência internacional sobre DIU na cidade de New York e apresentou sua experiência com seu dispositivo, que possuía cauda única filiforme e que veio a se tornar o DIU mais empregado nos Estados Unidos e no mundo. 

A partir de então começaram a surgir cada vez mais novos modelos com materiais em aço inoxidável, com fios de prata, nylon e poliuretano e em espiral. Na década de 70 em face de um processo sobre segurança da pílula anticoncepcional, pelo senado dos Estados Unidos, as mulheres jovens foram desencorajadas ao uso de contraceptivos orais, e passaram a procurar o DIU. 

Hoje em dia tem o uso estimado no mundo por mais de uma centena de milhões de mulheres. Estatisticamente é o segundo método de planejamento familiar, dados esses reforçados pela China onde vivem cerca de dois terços das usuárias do método.  

*Com informações do O Estado de São Paulo e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.  

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