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Medalhistas olímpicos: entenda a tradição de morder a medalha

Seja nas Olimpíadas ou nas Paraolimpíadas, que começaram nesta quarta-feira (28/8) em Paris, uma cena muito comum nos pódios olímpicos é a tradicional foto da mordidinha na medalha. Entretanto, você sabe o motivo e quando começou essa tradição? E qual a ligação com a mineração?

As brasileiras medalhistas de ouro em Paris 2024: Ana Patrícia e Duda, Rebeca Andrade e Bia fazendo a posse mais famosa das Olimpíadas. Créditos: Marcio Menasce/Embratur e divulgação Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

As brasileiras medalhistas de ouro em Paris 2024: Ana Patrícia e Duda, Rebeca Andrade e Bia fazendo a posse mais famosa das Olimpíadas. Créditos: Marcio Menasce/Embratur e divulgação Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Você sabe como e por que essa tradição existe?

No século XVIII, no início do primeiro grande ciclo do ouro, não havia formas de se comprovar que o que se extraia e vendia era realmente o metal, além da sua cor dourada.

Como o ouro puro, apesar de um metal nobre, raro e imune a corrosão e a oxidação, é muito macio e flexível, os comerciantes começaram a morder levemente as barras ou moedas feitas do metal para comprovarem a legitimidade do produto. Com a mordida, caso fosse verdadeiro, o material ficaria marcado.

As mordidas nas medalhas estão relacionadas a essa tradição histórica. Nas Olimpíadas de St. Louis, em 1904, começaram a ser distribuídas medalhas de ouro aos vencedores e, apesar de os historiadores olímpicos divergirem sobre o primeiro atleta a fazer o gesto, considera-se que a tradição ganhou fama graças ao japonês Hideaki Tomiyama, medalhista de ouro na luta conhecida como Wrestling, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.

Porém, devido à sua maleabilidade, na produção de medalhas olímpicas o ouro é geralmente endurecido formando liga uma metálica com prata e cobre. Por essa razão e por questões de economia, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu substituir o material por medalhas de prata revestidas de ouro. Atualmente, a foto da mordida é tradicional para celebrar a conquista, indiferente se a medalha é de ouro, prata ou bronze.

Rayssa Leal, Isaquias Queiroz, Tati Weston-Webb e Netinho: alguns dos brasileiros medalhistas de prata e bronze nos Jogos de Paris 2024.Créditos: divulgação Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Rayssa Leal, Isaquias Queiroz, Tati Weston-Webb e Netinho: alguns dos brasileiros medalhistas de prata e bronze nos Jogos de Paris 2024. Créditos: divulgação Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

* Com informações de Mega Curioso, GQ e Brasil Escola

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