Pequeno município do estado do Amazonas, Autazes é palco do projeto que pode transformar o Brasil em um dos maiores produtores mundiais de potássio.

O potássio (K)

O potássio é um dos 10 metais mais abundantes no planeta Terra. Ele pode ser utilizado na fabricação de diversos produtos, como fogos de artifício, sabões líquidos e detergentes.

Uma das destinações mais importantes desse metal é a produção de fertilizantes. O potássio, juntamente com o nitrogênio e o fósforo, compõe o grupo dos macronutrientes essenciais para os vegetais, os chamados NPK. O Brasil, como um dos maiores produtores agropecuários do mundo, é o país que mais importa potássio atualmente.

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Por isso, o país vem tentando se tornar produtor desse mineral. Nesse sentido, a cidade de Autazes, município a 120 quilômetros de Manaus (AM), pode contribuir. Autazes possui uma das maiores minas de silvinita, minério de onde se extrai o potássio, no território nacional.

Para viabilizar a mineração de silvinita, o governador do Amazonas Wilson Lima entregou a Licença de Instalação (LI) do “Projeto Potássio Autazes” a Adriano Espeschit, presidente da empresa Potássio do Brasil. Com orçamento de, aproximadamente, US$ 2,5 bilhões, o Projeto prevê produção anual de 2,2 milhões de toneladas por ano de cloreto de potássio.

Governador do Amazonas, Wilson Lima, entrega Licença de Instalação à Potássio do Brasil.

O Projeto Potássio Autazes

O projeto Autazes é desenvolvido pela Potássio do Brasil, subsidiária da Brazil Potash Corp. A empresa, fundada em 2009, iniciou, em 2013, os estudos ambientais para a instalação do projeto. 

Em 2015, a Agência Nacional de Mineração (ANM) aprovou a concessão da licença ambiental prévia dada pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Em abril deste ano, foi concedida à Potássio do Brasil a licença de instalação de mina para iniciar as obras para a mineração na região.

Este é um passo histórico para o Brasil reduzir materialmente a dependência do potássio importado, pois todo o potássio planejado para ser vendido no mercado interno.

A exploração da silvinita, mineral que dá origem ao potássio, será feita em minas localizadas entre o Lago do Soares e Urucurituba, duas localidades dentro do município em Autazes.

A Potássio do Brasil investiu cerca de US$ 230 milhões de dólares na fase de pesquisa mineral. As pesquisas identificaram uma reserva mineral lavrável de mais de 170 milhões de toneladas de cloreto de potássio. Este mineral está entre os fertilizantes de potássio mais usados.

Além das escavações de poços para acesso ao mineral, também será construído na região um porto fluvial, às margens do rio Urucurituba, para escoamento da produção. Segundo a Potássio do Brasil, a usina de concentração para beneficiamento do minério será instalada em áreas tradicionalmente ocupadas por pastagens. 

A empresa pretende, ainda, criar um projeto sustentável, comprometido com a comunidade e com a economia local. Para isso, possui diversos programas voltados para a preservação do meio ambiente, educação ambiental, diversificação da economia e diálogo com os moradores.

Além disso, está comprometida com a geração de empregos na região. O Projeto Autazes irá criar mais de 14 mil postos de trabalho diretos e indiretos em todas as suas fases.

Saiba mais sobre o Projeto Autazes no vídeo.

Usina que será construída para mineração da silvinita, minério que dá origem ao potássio.

IMAGEM 2

Leia mais sobre a produção de fertilizantes no Brasil: https://portaldamineracao.com.br/fertilizantes-a-importancia-da-mineracao-na-alimentacao-e-no-dia-a-dia-das-pessoas/ 

* Com informações de Potássio do Brasil, Brasil Mineral, Revista Oeste